
Foi a segunda refeição de pizza do dia, mas mesmo assim soube-me à melhor rodela de pão assado com cenas de que me lembro — e se as tenho comido.
Chama-se Paneòlio e fica nas Caldas da Rainha, num bairro periférico da cidade, À frente dos fornos está o casal de italianos Beniamino Bilali e Federica Gasparrini, que aqui assentou em 2021, depois de uma aventura no Algarve e passagem por Peniche, onde ainda regressam para surfar.
Nas Caldas, já não estão tão perto das ondas mas ganharam fama, estabelecendo-se como templo da massa mãe no Oeste. As suas pizzas são à base de farinhas biológicas, com selo do Paulinho Horta (não há crise de cereais que trave este homem), e são fora-de-série.
De resto, Beniamino só usa produtos de qualidade, das mortadelas aos vegetais trazidos da maravilhosa praça local — e é ele próprio que trata das massas (também dos gnocchi, dos raviolis…) e dos fornos e das sobremesas (belo tiramisù) e de tudo menos da sala, onde Federica domina a simpatia e o serviço.

Apesar da localização marginal, em poucos meses o Paneòlio alcançou fama na cidade e arredores. Para quem vem da A8, são 5 minutos e vale bem o desvio.
A minha pizza “Piccante”, com nduja, a pasta de salsicha da Calábria, e chouriço picante, tinha a massa inflada e crocante como poucas, e vinha salpicada de fior di latte, queijo scarmoza fumado e manjericão, folhas que pareciam desfolhadas há 10 segundos.
Deu 10 a 3 à pizza do almoço, servida num bastião lisboeta. É reservar.

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