- Está a chegar aquela altura do ano: se apanho uma sardinha..
- Cozinhei pela primeira vez para pessoas pagantes. Não tenho tido um soninho pesado.
- O preço do peixe está ao nível do pinhão nacional.
- Decidi que a primeira sardinha não vai ser a bosta do costume. Não vou comer o primeiro taco de madeira que me aparecer à frente.
- A ideia de que tirar o veio dos alhos é fundamental torna-se relativa assim que cozinhamos para mais de 10 pessoas.
- A maior “comtradição” é um gajo acabar por se agarrar àquele estilo soporífero do Henrique Sá Pessoa.
- Na sexta-feira, acordei a pensar se salteio ou não as malaguetas com cebola. E se a cebola deve ser nova ou roxa.
- Fui jantar a dois restaurantes na Baixa de Lisboa, ambos cheios. Num deles, só estrangeiros, no outro só uma mesa de tugas. Há um turismo que nunca foi embora.
- Comi pela primeira vez intestinos de borrego. Não é a melhor merda do mundo, mas é melhor que muita merda.
- O Avillez também tinha um programa fixe, no estilo tão fácil e tão bonitinho. Mas Sá Pessoa é mais convincente nos hmmms.
- Atenção aos robalos grandinhos, para aí com 1,5 kg, a 18€/kg. Do mar selvagem não são.
- Numa cozinha profissional, tão importante quanto manusear a frigideira é saber conservar os coentros no frio.
- Sardinhas boas só em Setembro, dizem-me.
- O turismo que nunca foi embora de Lisboa vive num circuito bon vivant e auto-suficiente que lembra o dos expats em África. Os sacanas.
- O cliente tem quase sempre razão.
- Talvez reveja aquela ideia do taco de madeira.
Diário III
Eis os pensamentos da semana gastronómica, desta vez inspirado por Sá Pessoa, Lipovetsky, e Mário Castrim.
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