E eis que terminou o primeiro curso de escrita e cultura gastronómica Papas na Língua, uma colaboração entre OHQCT e a agência The Hotel.
Foram três semanas intensas de gastronomia, no que isso significa de aventura, cultura, alimentação e escrita. Mais de 40 horas entre merceeiros, peixeiros, cozinheiros, chefs e, claro, escritores. Mais de 40 horas a aprender com um grupo de foodies entusiastas.
A #papasnalinguasquad tornou-se uma equipa de elite gastronómica, capaz de escrever sobre tudo o que se come e — mais do que isso — tornou-se num grupo de amigos. Obrigado à Ana Clemente, à Inês Matias, à Inês Garcia, à Leila Gato, à Mariana Barbosa e ao Rodrigo Mota. Obrigado pelo talento, por terem tornado estes dias tão estimulantes, por terem confiado.
O meu sentido agradecimento também ao The Hotel, a agência mais bonita, cool e gourmet de Lisboa. Ao seu director criativo e extraordinário escritor gastronómico Tiago Viegas, por ter acreditado no projecto. À Marisa Lourenço, que acompanhou tudo desde o início com simpatia e competência. E à Mafalda Quintela pelo talento na comunicação.
Agradecimentos ainda a quem nos ensinou durante as nossas deambulações por Lisboa. Aos amigos do Mercado de Alvalade, do Horácio e Teresa à dona Henriqueta, passando pelo senhor Domingos (grande aula sobre bacalhau), pelo pessoal da Peixaria Centenária (novidade no mercado, sejam bem-vindos) até à equipa do Cantinho Saloio.
Outro grande momento foi a entrevista ao Ljubomir Stanisic. Uma conversa com o chef do Bistro 100 Maneiras, no âmbito das sessões-expert, em que ele abriu o livro e o coração sobre tantas coisas que normalmente ficam escondidas em conversas e sussurros de bastidores.
Aos bastidores da Time Out Lisboa fomos na sessão 5, dia de fecho de edição, estava o designer gráfico Rui Pita a acabar de desenhar a capa sobre sobre os melhores passeios em Lisboa. Mas mesmo assim fomos recebidos pelo João Pedro Oliveira que nos guiou e deixou que, por um dia, aquela fosse a redacção do Papas na Língua.
A seguir, recebemos mais um convidado nas sessões-expert, mas desta vez da área da fotografia. O Jorge Simão veio ao The Hotel dar um workshop de fotografia de comida, mas vestiu o avental e ainda ensinou o Papas na Língua a curar salmão com beterraba (estamos à espera da receita, ó Jorge).
Inestimável foi também o pessoal do laboratório criativo do restaurante Loco. O Alexandre Silva e o Manuel Liebaut deram-nos a conhecer e a provar as locuras que andam a inventar — e sobre isso escreverei com detalhe em breve. Foi uma tarde cheia, um privilégio. Saímos cheios de vontade de lá voltar, desta feita para sentar à mesa (já só há vagas para depois de 22 de Junho, no restaurante…).
Nas comezainas, o Papas na Língua pôde comprovar que o piano do Zé dos Cornos continua fortíssimo e que o Sr. João sabe honrar os cornos do pai.
Quanto ao jantar no Prado foi absolutamente magnífico. Pelo comida, pela aula sobre vinhos naturais (e outros) da escanção Maria Rodriguez, e pela disponibilidade e simpatia do António Galapito para conversar connosco sobre as maravilhas que anda a cozinhar, numa sexta-feira à noite, com o restaurante cheio. Como se não bastasse, ainda tivemos a sorte de o Miguel Pires, do Mesa Marcada, estar na sala e vir à mesa partilhar a sua sabedoria e um prato de bacon curado na casa.
A terminar, o Henrique Sá Pessoa abriu pela primeira vez as portas do seu Atelier criativo, em Marvila, e nós fomos os primeiros a conhecer o sítio de onde sairão os próximos pratos do Alma e do Tapisco. O Henrique não só cozinhou para nós como partilhou a sua experiência e opinão sobre o estado do ofício.
Os primeiros papas na língua já andam por aí a escrever e isso é um orgulho.
Nem nos meus melhores sonhos. Muito obrigado.
Até breve.
Pingback: de 16 a 22 de abril - Leila Gato
Boa tarde.Gostaria de saber, quando será o próximo curso?
Olá, Paulo, não sei como mas só agora vi o seu comentário. Esse curso já foi, mas vai voltar a haver. Quando tiver datas, digo-lhe. Até breve.